A SINDROME DE SJÖGREN

A SINDROME DE SJÖGREN



A Síndrome de Sjögren é uma doença autoimune crônica, em que o sistema imunológico do próprio corpo do paciente erroneamente ataca as glândulas produtoras de lágrimas e saliva. Os linfócitos infiltram-se por estas glândulas provocando diminuição da produção de saliva e lágrimas. Características principais: secura nos olhos e na boca. Pode também causar secura de pele, nariz e vagina e pode afetar órgãos do corpo, inclusive os rins, vasos sangüíneos, pulmões, fígado, pâncreas e cérebro. Fadiga e dor nas articulações podem comprometer de forma significativa a qualidade de vida do paciente.

Estima-se que quatro milhões de americanos tenham a Síndrome de Sjögren, muitos deles sem diagnóstico. Nove entre dez pessoas com Sjögren são mulheres. Embora a maioria das mulheres diagnosticadas costume estar na menopausa ou ainda com mais idade, a Síndrome de Sjögren pode ocorrer também em crianças e adolescentes. Mulheres jovens com Sjörgren podem apresentar complicações na gravidez.

No Brasil, não se sabe o número exato de portadores da Síndrome de Sjögren. A causa ou causas específicas da (SS) não são conhecidas, mas múltiplos fatores provavelmente estão envolvidos, dentre os quais os genéticos, viróticos, hormonais ou suas interações.




Síndrome de Sjögren primária ou secundária:

Primária: ocorre de forma isolada, se há presença de outra doença de tecido conjuntivo.

Secundária: os sintomas são acompanhados de uma doença do tecido conjuntivo como artrite reumatóide, lupus ou esclerodermia.



FONTE: http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/13304




quarta-feira, 21 de maio de 2014

RESULTADO DA GRAVIDEZ NA SINDROME DE SJÖGREN (*)


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(*) Resumo de tradução

Embora as mulheres em idade fértil  representem uma proporção relativamente pequena do número total de pessoas que sofrem de síndrome de Sjogren , o impacto desta doença nos resultados da gravidez não tem sido estudado extensivamente.
Pesquisadores da Itália publicaram recentemente um estudo em Comentários sobre Autoimunidade, em que avaliaram os resultados da gravidez em um grupo de mulheres com síndrome de Sjögren primária . O grupo de estudo consistiu de 22 mulheres com síndrome de Sjögren primária, com um total de 34 gestações. Seis das gestações ocorreram antes do diagnóstico , enquanto 28 gestações ocorreram depois que as mulheres foram diagnosticados com Síndrome de Sjögren primária .
Em conjunto , os pesquisadores avaliaram 136 gestações entre mulheres saudáveis (sem Sjogren ), que foram utilizadas para a comparação como grupo de controle.
 A média de idade no momento do parto para o grupo de Sjogren ( 34,8 anos ) foi maior que o número  para o grupo de controle (30,2 anos).

As principais conclusões deste estudo foram os seguintes:

  1.  A taxa de aborto espontâneo era 10 vezes maior entre as mulheres com síndrome de Sjögren primária ( 30 %) em comparação ao grupo controle (saudável) (3%) .
  2.  A taxa de partos prematuros, antes das 37 semanas de gestação, foi 8 vezes maior nas mulheres com Síndrome de Sjögren primária (39% ) em comparação com o grupo controle (5%) .
  3.  A taxa de partos por cesariana no grupo com Sjogren (57%) foi também maior do que para o grupo controle ( 31%).
  4. O peso médio dos recém nascidos de mães com síndrome de Sjögren primária foi significativamente menor em comparação com o peso médio dos recém-nascidos para o grupo de controle.
Com base nos resultados deste estudo, os pesquisadores concluíram que a doença autoimune subjacente em mulheres com Síndrome de Sjögren primária está presente durante toda a gravidez e que pode impactar significativamente a gravidez .
Porque estas mulheres  parecem estar em um grupo de maior risco para complicações na gravidez , os pesquisadores recomendaram uma abordagem multidisciplinar como estratégia de gestão ideal para mulheres com síndrome de Sjögren primária. Esta abordagem multidisciplinar seria, no mínimo, envolver uma equipe de médicos especialistas incluindo um obstetra , um reumatologista e um pediatra. O objetivo desta abordagem seria a de reconhecer e gerir potenciais complicações da gravidez o mais cedo possível , em um esforço para garantir o melhor resultado possível para a mãe e seu bebê .

Referencia: The impact of primary Sjogren's syndrome on pregnancy outcome: our series and review of the literature. Autoimmunity Reviews. Volume 13; pp. 103-107, 2014.

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Espero que lhes seja útil. Bjks. Neli Alves

domingo, 18 de maio de 2014

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Aprendendo mais sobre doenças autoimunes.

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Na minhas leituras, tenho aprendido bastante sobre doenças autoimunes. Não sobre esta ou aquela mas, sobre todas, de modo geral.
A maioria dos artigos não está em português e, como já disse antes, tenho  algumas dificuldades para traduzir. Continuo insistindo.
Este artigo, em especial, foi publicado em espanhol, no site Vida Lúcida. Tentei a tradução direta da página mas, não está disponível. Sendo assim, li com atenção e vou repassar alguns pontos interessantes a vocês. Quem tiver a oportunidade de visitar o site original: MindBodyGreen e ler o texto na íntegra, em inglês, certamente vai aproveitar muito.
Vamos lá.
A primeira afirmação do autor, é que há coisas que os médicos não nos dizem, são estudos, pesquisas e até resultados que eles não informam aos pacientes.
Por exemplo: alguém já lhes disse que há centenas, milhares de estudos, que constataram que as doenças autoimunes surgem de uma complexa interação entre os genes individuais e o meio ambiente? O gene só é responsável por 1 a 2% do risco de doença autoimune; o risco restante vem da interação do gene com o meio ambiente. Isto significa que o risco genético é muito pequeno; o componente mais importante é o estilo de vida! O risco de contrair uma doença autoimune está no que a gente faz: O que comemos, quanto nos movimentamos, quanto temos de apoio, a que toxinas e produtos químicos estamos expostos. Os medicamentos não compensam a falta de vitaminas, minerais e gorduras que o corpo necessita para se manter saudável. E também não nos protegem dos pesticidas, agrotóxicos, metais pesados a que somos submetidos diariamente.
O que é preciso fazer?

1. Ter uma dieta rica em nutrientes e que evite alimentos que nos fazem mal.
2. Reduzir a exposição às toxinas.
3. Usar e fortalecer os músculos.
4. Controlar o "stress".
5. Manter contato com grupos de apoio. No meu entender, valeria dizer, procure um psicólogo, um terapeuta, alguém com quem possa se abrir, se está sendo difícil suportar a condição de portador de doença autoimune. Eu sei que não é fácil!

E o autor acrescenta, ainda, algo que me tocou:
 "Tomar essas medidas simples e de baixo custo são a melhor maneira de reduzir os sintomas de quase todas as enfermidades crônicas que afetam a sociedade moderna. É hora de deixarmos de culpar nossos genes pela nossa má saúde e de usarmos remédios como muletas. Temos que mudar nosso estilo de vida".
Quando estava digitando, uma pessoa muito querida me perguntou sobre o texto e me chamou a atenção para um outro comportamento que considero importante: "Inverter o nosso olhar", o que em outras palavras significa "parar de procurar as respostas fora de nós, começar a olhar para dentro de nós mesmos, questionar-nos, e descobrir as respostas dentro de nós!
Para dizer a verdade, não é fácil também mas, estou tentando. Mudando, aos poucos, meus hábitos alimentares, especialmente deixando de comer doces -meu maior pecado. Insistindo na caminhada diária e nos exercícios físicos na Academia ao ar livre. Olhando mais "para dentro de mim". Valerá a pena, tenho certeza. Fiquem bem, bjks. Neli Alves

terça-feira, 13 de maio de 2014


TRATAMENTO GRATUITO PARA FIBROMIALGIA

Convidamos a mulheres com diagnóstico de fibromialgia a participar do projeto Impacto da Terapia Cognitiva-Comportamental na Dor Crônica, a qual prevê psicoterapia individual e em grupo. A intervenção é gratuita e envolve um tratamento de 10 semanas mais sessões de avaliação antes (duas sessões) e depois (duas sessões) do tratamento. Solicitamos que as participantes tenham disponibilidade de duas horas semanais para o cumprimento do tratamento que acontecerá na clínica de psicologia da UFMG-FAFICH.
Pedimos a gentileza de encaminhar seus contatos para o e-mail da psicóloga Magna Cruz, responsável pelo projeto (magnacruz@ufmg.br) caso cumpra os seguintes requisitos:

1- Sexo feminino;
2- Possui diagnóstico de fibromialgia com relatório médico;
3- Tem entre 30 e 50 anos;
4- Tem condição de se deslocar semanalmente para a clínica de psicologia da UFMG.
O tratamento não tem qualquer custo para as participantes.
Meninas, prestem atenção aos requisitos e se estiverem dentro do exigido entrem em contato com a Psicóloga Magna Cruz, através do email magnacruz@ufmg.br.
É uma excelente oportunidade. Boa sorte. Bjks. Neli Alves

domingo, 4 de maio de 2014


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Todos sabem que vivo procurando novidades para os seguidores deste blog. Nesta semana, no grupo Sindrome de Sjögren do Facebook, uma pessoa postou um artigo do site CONSEJOS DE TU FARMACEUTICO . Entretanto, o artigo está em espanhol e eu tentei resumi-lo para nós, da maneira mais simples, já que entendo o que leio mas, não sou nenhuma tradutora do espanhol.
A Sociedade Espanhola de Reumatologia (SER ) lançou o projeto SjögrenSER , um cadastro nacional de pacientes com síndrome de Sjögren primária, doença auto-imune reumática sistêmica que geralmente afeta as glândulas exócrinas , causando a hiposecreção das mesmas.

O  objetivo do projeto é caracterizar adequadamente as manifestações clínicas, atividade da doença e danos cumulativos destes pacientes, como explica Drª. Mónica Fernández Castro , diretora do projeto SjögrenSER sob o IV Simpósio sobre sistêmica doenças Autoimunes da Sociedade Espanhola de Reumatologia.
O cadastro vai servir como base para projetos futuros e gerar uma espécie de "consórcio" dos centros com interesse na Sindrome, a fim de avançar nos estudos de uma das doenças autoimunes mais importantes.

Os pacientes poderão ser avaliados e tratados de maneira mais equânime. Atualmente, os dados existentes e os pacientes não são comparáveis,isto porque não existem normas para a classificação e nem uma metodologia única para diagnóstico e tratamento.

Os sintomas e qualidade de vida

De acordo com o especialista , é difícil estabelecer um número exato de pacientes com essa doença porque  ela vem sendo diagnosticada e classificada com base em diferentes critérios e padrões. No entanto, alguns dados sugerem que pode afetar 1-3% da população.

" A qualidade de vida do paciente pode ser muito afetada pela falta de um tratamento eficaz da doença; em muitos casos, só se  pode oferecer alternativas para tratar sintomas e essas são insuficientes " , explica a especialista. É essencial que haja uma gestão multidisciplinar e diálogo/coordenação entre os reumatologistas, oftalmologistas e dentistas.
Bom, meninas e meninos, isto bem que poderia vir a acontecer no Brasil, não é? Que a Sociedade Brasileira de Reumatologia fizesse um cadastro nacional dos portadores de doenças autoimunes e que houvesse uma política de tratamento multidisciplinar para todos. Alguém já pensou em se movimentar neste sentido?
Espero ter colaborado. See you, bjks. Neli Alves

sexta-feira, 2 de maio de 2014

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Todos nós sabemos que a SS pode ocasionar afetar órgãos como os pulmões, o pâncreas, os vasos sanguíneos, e outros.
Estudos recentes, cujos resultados foram publicados na revista Artrite e Reumatismo, falam sobre como os rins podem ser afetados pela doença.
É um longo artigo médico que, em resumo, diz o seguinte:
"Foram examinados 715 pacientes com a Síndrome de Sjögren. Destes apenas 5% (35 pacientes) tiveram envolvimento renal clinicamente significativo. 
Dos 35 pacientes que desenvolveram doença renal, 17 apresentaram glomerulonefrite, 13 apresentaram nefrite intersticial e 5 desenvolveram ambas as condições.
Os resultados clínicos para os pacientes que desenvolveram Envolvimento renal significativo mostrou que:
        11 pacientes desenvolveram insuficiência renal crônica.
        9 pacientes desenvolveram linfoma não -Hodgkin.
  
Em resumo, o que está de acordo com o estudo e com relatórios publicados anteriormente, é que pessoas com Sjögren primária tem risco de desenvolver doença renal.

O risco, no entanto, é relativamente baixo , como evidenciado pelo fato de que apenas 35 dos 715 (5%) pacientes com síndrome de Sjögren ter desenvolvido nefrite intersticial ou glomerulonefrite .

Entretanto, os pacientes com Síndrome de Sjögren primária devem ser cuidadosamente monitorados para sinais clínicos de doença renal. A detecção precoce e o tratamento da doença renal é fundamental para a prevenção de complicações potencialmente fatais devido a danos renais graves .
Referencia: Clinically significant renal involvement in primary Sjogren's syndrome. Arthritis & Rheumatism. Volume 65; pp. 2945-2953. November 2013.

Cuidem-se, meninas e meninos, e digam não à automedicação. Vejo vocês em breve. 
Bjks. Neli Alves